5.8.06

bagaceira # 1



Encontro


não há pontes na vertigem
talvez o contrário
que há também no vôo
mas não preciso tirar os pés do chão
pra mergulhar no azul

quem vai mais alto:
ele, o helicóptero,
ou eu que sonho?

quem vê mais longe:
ele, o panorâmico,
ou eu que eternizo momentos?

entre respostas,
fico com o contraste.


Leandro Jardim
www.florespragasesementes.blogspot.com


O sabor do fel alojou-se na flor

forjei-a entregando
o semblante de mulher
o amargo tempo ao tempo
se entrelaçando, meu mel
amor de bordel fez-se doces nozinhos

rodeios de sorrisos, surpresa
contatos físicos, gentileza
com muito esmero, feito por mim
um brilho de faca, sendo assim
cheiro de sangue no ar

antes do nó; apenas duas pegadas; areia
do mar
ainda no nó; a glória de chorar;
inovação da alma não mais nó; incapacidade de amar; as
raízes da calma
dentre o nó; o interlúdio

o sabor do mel, alojou-se na dor


Fernando Couto
furdscouto@hotmail.com




Deixo claro o manifesto
Apologia ao que amo
Dedo médio ao que detesto
Sou bagaceira
Sou mundano
Bagaço do engano
Filho da hipocrisia
E da completa insanidade
Que se dane o engenho
A cana, a garapa,
O álcool, o açúcar, os dramas,
Sou bagaceira
Que te engana
Que fermenta
Que fede
Incomoda e reclama
Sou bagaceira
Que inflama.

Larissa Marques
http://www.larissamarquespoeta.blogspot.com/

Homenagem à pequena amora

Foi pequena amora!
Pequena, pois tempo foi curto aroma...
E fruto, pois intenso foi o sabor...
Seu amor feminino, amora!

Ardemos como fogo,
mas acabou,
porque fluímos como água!
Não poeto aqui por saudade,
te faço apenas, homenagem!

Foi amor, aroma, minha amora!

Augusto Sapienza
http://tomospoeticos.blogspot.com


O desenho é de autoria de Larissa Marques.

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